Sabemos que, tal como as pessoas, cada tumor é diferente. A tomada de decisões terapêuticas de forma personalizada em função das alterações moleculares do tumor de cada paciente já é uma realidade e assentou as bases da Patologia Molecular.
Uma elevada percentagem dos tumores pode ter uma alteração genética potencialmente tratável. Combinando o imprescindível diagnóstico anatomopatológico com o diagnóstico molecular de alterações genéticas, é possível realizar uma anotação molecular completa do tumor e contribuir para o tratamento individualizado de cada paciente.
Para conseguir que a medicina oncológica de precisão seja uma realidade para os nossos pacientes, queremos integrar as abordagens metodológicas disponíveis para o estudo de alterações genéticas tratáveis em pacientes com cancro no nosso novo laboratório central, em Madrid. Juntamente com técnicas amplamente utilizadas em Patologia Molecular, tais como PCR em tempo real, técnicas de hibridação in situ ou imunohistoquímica, apostamos firmemente na tecnologia de sequenciação massiva (NGS, nas suas siglas em inglês: Next Generation Sequencing) como o novo gold-standard para um diagnóstico molecular mais completo. Estas siglas representam uma ferramenta potente que permite o estudo simultâneo de múltiplas alterações genéticas, tornando possível identificar, num único passo, alterações que sejam alvos, não só de fármacos dirigidos aprovados, como também de fármacos em desenvolvimento clínico